Estava com as feras, mas os anjos o serviam


Estava com as feras, mas os anjos o serviam.

Marcos 1.9-13 Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão. 10 Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre ele. 11 Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. 12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto, 13 onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Satanás; estava com as feras, mas os anjos o serviam.

Em poucas linha quero compartilhar com você a profundidade desta Palavra. Para entendermos o processo de conversão e santificação para as nossas vidas. Que, aliás, é bem mais simples e claro que muitos não imaginam e sofrem devido à falta deste entendimento e demonizam tudo e sofrem por qualquer luta.

Primeiro quero compartilhar que o processo de santificação e conversão é imediato na velocidade do Espírito Santo. A palavra “logo” no texto é bem clara a este respeito. Logo ao sair das águas, logo o Espírito o impeliu...o levou rapidamente do batismo e da honra de ouvir dos céus a voz do Pai, o Espírito Santo o levou para ser tentado no deserto.

A segunda coisa que quero compartilhar é para onde o Espírito o levou para ser tentado. Ele foi levado para o deserto. Estranho lugar para ser tentado. Não seria melhor ser tentado na casa de prostituição, ou nas bares da vida?
Mas o Espírito o levou ao deserto. Pois Jesus precisava vencer Ele mesmo. Hoje nós precisamos vencer a nós mesmo e assim não seremos tentados com coisas que antes achamos tão complicadas.

A terceira coisa é que Jesus estava entre as feras. Hoje também estamos entre as feras. Estamos num mundo que jaz no maligno. Mas Deus continua sendo Deus e Ele sabe muito bem aonde estamos. O próprio Jesus disse que não nos tirasse do mundo mais que nos livrasse do mal. Hoje estamos no meio de bestas feras mas assim como Jesus nós seremos servidos por anjos.

A quarta coisa que Deus ministrou o meu coração é que maior é Aquele que está em nós do que aquele que no mundo está. Eu viverei a bondade do Senhor na terra dos viventes.

Pare de demonizar tudo. Vença a você mesmo. E saiba que por onde você andar, Deus te dará vitórias! A luta sempre virá, não vivemos num mundo mágico evangélico. Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas que deveríamos ter bom ânimo porque Ele venceu!

Duas certezas: teremos aflições. Não as desejo, mas elas podem acontecer. A outra certeza é que Jesus venceu. Prefiro crer e ficar apegado mais na segunda: Jesus venceu!

Vivo entre as feras, mas os anjos me servem!

Hebreus 1.14 Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?

Deus te abençoe!

Pastor Serol

Nova criatura


II Coríntios 5.17 E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

A saudade das coisas passadas é uma forte tendência da nossa época. A qualquer custo queremos as coisas como eram antes. Nos círculos cristãos encontramos essa crescente tendência.

O velho homem com todas as suas inclinações e maus costumes, com suas características carcomidas pelos cupins, deve vestir uma roupagem nova, mas com jeito de coisa antiga. O velho e podre "eu" deve permanecer vivo a qualquer preço.

Falta nessas vidas a realidade de Jesus Cristo: "...eis que se fizeram novas." Paulo diz: "...vos despistes do velho homem com seus feitos, e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou." Não fique na metade do caminho!

Dê o passo decisivo, o qual já deveria ter sido dado há muito tempo. Por isso: "Fortalecei as mãos frouxas, e firmai os joelhos vacilantes." Não saia apenas da velha vida, mas entre na nova vida de comunhão com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo!

Eis o vosso Deus


Isaías 35.3,4 Fortalecei as mãos frouxas, e firmai os joelhos vacilantes. Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus.

Esta é uma promessa bem concreta para aqueles que estão interiormente cansados: "Eis o vosso Deus"!

Em geral, o cansaço físico é logo superado, ao passo que o cansaço interior muitas vezes é extremamente traiçoeiro. Lemos na Bíblia, em Jeremias: "Porque satisfiz à alma cansada, e saciei a toda alma desfalecida."

Essa promessa pode se cumprir agora em nosso coração. Por que o afirmamos com tanta convicção? Porque Deus quer cumprir a Sua promessa. Sempre devemos ter em mente o que Deus quer e o que Ele não quer. Ele não somente quer dar descanso às almas cansadas, mas Ele realmente o faz!

Não há limites para o poder do nosso Deus. Como nos diz claramente Isaías 40.28: "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento."

Aquele que tem comunhão com o Deus vivo por meio de Jesus Cristo está ligado a uma fonte de poder inesgotável.

Mudanças


II Pedro 3.10 No qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.

Quantas mudanças presenciamos no ano que passou! Sem dúvida! As pessoas mudam. Bons amigos se transformam em inimigos; pessoas sãs adoecem e morrem; as catástrofes da natureza se multiplicam; o clima se modifica; o mundo muda e passa, e nada permanece como era.

A Palavra de Deus diz: "...eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles envelhecerão qual vestido... tu, porém, és o mesmo e os teus anos jamais terão fim." Aproximamo-nos de um grande e terrível juízo.

Feliz daquele que estiver salvo da ira vindoura, abrigado na rocha eterna e imutável que é Jesus Cristo. Ele diz: "...porque eu vivo, vós também vivereis." Mesmo que tudo passe – Ele não passa, Ele permanece, e nós permaneceremos com Ele, pois Jesus diz: "...ninguém [os] arrebatará da minha mão." "[Nada] poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." "Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre."

Coisas Novas


Isaías 43.18,19 Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço cousa nova, que está saindo à luz; porventura não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no êrmo.

Passamos pelo início do novo ano, mas quantas oportunidades para dar testemunho deixamos de aproveitar no ano que passou! Quantos pecados de omissão, quanta desobediência! Temos razão em nos sentir desanimados quando olhamos para trás.

Mas ainda hoje podemos chegar ao Senhor com todo o nosso desânimo. Que Deus maravilhoso que perdoa os nossos pecados! E mesmo que tenhamos falhado em muitas coisas, Ele não nos repele! "Onde há um Deus como tu, ó Senhor?"

O sangue de Jesus Cristo nos garante hoje mesmo completa purificação e renovação, e de nossa parte só é necessário um arrependimento sincero. Aí Ele nos diz: "Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas!" Quem experimentou essa graça perdoadora rejeitará o pecado e receberá uma vitória após a outra: "...indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus em Sião."

Um novo ano, e ninguém sabe para onde ir!

Para cada um de nós, o ano novo traz uma pergunta implícita: O que está por vir? O que terei de enfrentar? Como será minha vida neste novo ano? Através da história de Abraão, Deus nos dá mostras de que podemos confiar Nele.

Lemos no chamado capítulo dos heróis da fé: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia” (Hebreus 11.8).

O homem de hoje está concentrado em ter garantias e em ter um plano bem organizado. Ele quer saber por qual caminho seguir e se pergunta no que pode confiar. Resumindo: ele quer considerar todas as eventualidades para poder calcular de forma exata e com antecedência quais atitudes deve tomar. Dificilmente alguém estará disposto a ir para algum lugar ou a assumir alguma tarefa sem conhecer os detalhes, sem determinadas premissas e garantias. A história da vida de Abraão também toca a nossa vida. No começo havia incerteza, mas no fim ele se transformou em exemplo e até no pai de todos aqueles que crêem (Romanos 4.11). O motivo foi a sua confiança inabalável no Deus vivo e em Suas promessas. A maior segurança em meio a todas as inseguranças deste mundo é crer na Bíblia.

Abraão não podia fazer nada além de acreditar naquilo que Deus lhe dizia. Essa atitude de fé é o mais importante que uma pessoa pode ter. A vida de Abraão foi marcante porque ele obedeceu pela fé e atendeu ao chamado divino. Sua fé foi colocada em prática. Fé e ação andam juntas como o violino e o arco, ou como a chave e a fechadura de uma porta. Se falta uma parte, a outra é inútil, pois não há como tocar uma bela melodia, não há como abrir ou fechar a porta. Abraão tinha “somente” a palavra de Deus. O Senhor chamou-o a sair de seu país, a deixar seus relacionamentos e abandonar tudo o que tinha conseguido até então – sem saber para onde iria. Mas, olhando para o restante da história de sua vida, reconhecemos o maravilhoso objetivo que Deus alcançou com Abraão.

Entramos em um novo ano sem saber para onde ele nos levará. Talvez o Senhor Jesus tenha colocado em seu coração um certo fardo, um desejo de fazer alguma coisa em Seu Nome, e talvez você tenha de dar um passo ousado. Também pode ser que você tenha sido chamado por Deus para executar uma tarefa mas não sabe como continuar nem para onde isso o levará. Abraão simplesmente se pôs a caminho, impelido pelo poder da Palavra de Deus.

No começo deste novo ano é muito importante ter isto diante de nossos olhos: precisamos nos pôr a caminho, juntar forças a cada momento e orientar-nos para o alvo. E nosso alvo são as coisas de Deus. É perfeitamente possível que durante o trajeto sejamos assaltados pelo medo, pois a dor, a tristeza, as preocupações e outros sofrimentos podem surgir em nossa vida. Pode ser que às vezes fiquemos resignados no caminho. Mas isto não deve impedir-nos de continuar marchando em direção ao desconhecido, ao futuro – confiando nas firmes promessas de Deus. É exatamente nessa área da nossa vida que a nossa fé no Senhor precisa de um novo impulso.

Depois de listar os heróis da fé (Hebreus 11), a Bíblia nos diz como alcançar o alvo: “...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” (Hebreus 12.2-3).
Depois que Abraão chegou à Terra Prometida, ele teve de suportar muitos testes de sua fé. Enfrentou a tentação de confiar mais em sua própria carne do que no Senhor que havia lhe dado a promessa. Em algumas situações de crise, tomou as rédeas em suas próprias mãos e foi derrotado. Mas o Senhor, em quem Abraão tinha depositado sua confiança, não o deixou cair. No fim, triunfaram a fé de Abraão em Deus e a fidelidade de Deus para com Seu amigo. O autor da carta aos Hebreus descreve a fé de Abraão com as seguintes palavras: “Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa” (Hebreus 11.9).

Nós também podemos, neste ano recém-iniciado, manter a fé nas promessas de Deus, mesmo quando os outros não nos compreendem e mesmo quando nos vêem como “estrangeiros” em seu meio. A fé em Jesus Cristo, em quem todas as promessas têm o “Sim” de Deus e por quem é o “Amém” (II Coríntios 1.20), nos ajudará a superar tudo o que é passageiro nesta terra até chegarmos ao grande alvo final.

O caminho da nossa existência vai da tenda passageira da vida terrena para junto do Deus eterno.
O objetivo de vida de Abraão era o mais elevado que uma pessoa pode almejar. Ele não somente sonhava com uma cidade melhor, mas a aguardava com expectativa viva e cheia de esperança: “...porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hebreus 11.10). Abraão morreu e não conheceu esse lugar durante sua vida na terra, mas ainda assim ele esperava pela cidade eterna de Deus.

Não sabemos quando Jesus voltará; portanto, seria tolo tentar fazer algum cálculo. Mas uma coisa é certa: também neste ano podemos esperar pela volta de Jesus e pela Jerusalém eterna. Quer o Senhor volte neste ano ou não, quer vejamos o Arrebatamento ou tenhamos de morrer antes – o objetivo e a esperança é a vida eterna com o Senhor, que nos comprou por Seu precioso sangue e que voltará para a Sua Igreja. Um dia isto acontecerá: os mortos em Cristo e aqueles que ainda estiverem vivos serão arrebatados para a presença do Senhor (I Tessalonicenses 4.15-17) e terão sua morada na Jerusalém celestial (Apocalipse 21.9-10).

Abraão acreditava nessa cidade. E quando foi convocado a sacrificar seu único filho, Isaque, a respeito de quem o Senhor tinha feito tantas promessas, ele “considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos” (Hebreus 11.19).
Sejamos cristãos que esperam pelo seu Senhor, neste novo ano mais do que nunca! Então valerá também para nós a maravilhosa promessa: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Apocalipse 3.10).

Natal


Os textos chamados natalinos são todos de natureza revolucionária e marginal.

José é maior que o machismo, e aceita sua mulher, sem poder explicar para ninguém a gravidez dela (isso se alguém tivesse descoberto), mas apenas aceita o testemunho de um anjo, e, ainda pior: num sonho. José torna-se marginal. Deflagra as chamas da revolução da dignidade.

Os magos do oriente chegam conforme a Ordem de Melquizedeque, pois, sem terem nada a ver com a genealogia de Abraão, seguem uma estrela que anda no interior deles, e, caminhando nessa simplicidade discernem aquilo que os teólogos de Jerusalém só sabiam como “estudo bíblico”. Os que tinham a Escritura (os escribas), não tinham a Revelação. E quem nada sabia da Escritura tinha sabido o necessário acerca do Verbo pela via da Revelação. Uns sabiam o endereço: “Em Belém da Judéia...”, mas não tinham a disposição de sair do lugar... amarrados que estavam à idéia de que conhecer o texto leva alguém a qualquer lugar. Já os que perguntavam (os magos), estavam no caminho... seguiam... e são eles os que chegam onde Jesus estava. Eles dão testemunho do potencial revolucionário do Evangelho para qualquer alma da Terra. Esta é a revolução supra religiosa, conforme a Ordem de Melquizedeque.

A velha Isabel dá a luz um filho. Seu velho marido não pode nem contar a história, pois fica mudo. É a revolução dos estéreis e mudos.

O rei dos judeus não tem onde nascer! Esta é a subversão dos poderes!

Pastores distraídos são visitados por miríades de anjos—e eles representam os homens de boa vontade. É a marginalidade da Glória!

Nenhum dos sábios de Jerusalém discernem o Príncipe Eterno quando seus pais o levam ao templo para a circuncisão, mas apenas uma profetiza velha e um ancião sem significado religioso. A revelação não sabe os nomes dos sacerdotes!

Ou seja: a começar da Encarnação como Natal (nascimento), o Evangelho é para aqueles que não se esperava que fossem discerni-lo.

A Revelação é quase sempre marginal!

Os grandes atos de Deus não acontecem em Palácios, mas em choupanas e estrebarias. E a voz mais veemente do natal é a voz da virgem, da Maria simples, e que troveja a justiça de Deus sobre as nações. Ela é quem anuncia a grande subversão divina. E faz isto como um Cântico.

Dedico este texto a todos os que hoje se sentem afastados da religião, e que ainda carregam a culpa de assim estarem afastados.

Deus não é oficial. A vida não é oficial. O amor não é oficial. A Graça de Deus é sempre subversão e marginalidade. Na oficialidade são feitos os julgamentos. Na marginalidade explode a vida.

Abra seu coração e siga o Guia, conforme os magos. Seja generoso como José. Corajoso como Maria. Fértil como a estéril Isabel. Convicto como o mudo Zacarias. Alegre como aqueles que são acordados nos campos pela voz de anjos. Capaz de antever a salvação como esperança mesmo que você seja velho como Simeão e idoso como Ana.

Nas narrativas do Natal nas Escrituras não são as pessoas que vão a Deus, mas Deus que vai às pessoas.

O Natal acontece como afirmação de que em Jesus, Deus se reconciliou com os homens. Assim, não se sinta excluído, pois, eu sei, nestes dias, Deus enviará corais de vozes interiores, e nos ajudará a discernir o caminho interior da estrela, e nos fará contentes com a Graça de Hoje, e que será a esperança de amanhã, para nós e para todos os humanos.

No Natal Jesus é a alegria dos homens!